Um olhar firme. Postura decidida. Isso e muito mais definiam Lin naquele momento.
A pequena sacerdotisa observava, a capital dos anões, de cima de uma planície. Ela contemplava as enormes construções, e a ótima segurança.
O enorme castelo onde se encontrava Aron era semelhante a um arranha-céu, de tão alto. Um pouco abaixo via uma pequena estrutura, cercada por dois guardas. Parecia ser a prisão da capital.
As roupas da garota voavam ao vento, enquanto ela segurava firmemente o seu leque. A luz do sol nascendo entre as montanhas, se refletia nos seus curiosos e belos pares de brincos.

“Vamos ver o que tenho aqui” – dizia Lin para si mesma se ajoelhando

A menina se ajoelhou na grama e pegou uma pequena mochila de cor turquesa. Ela a abriu e começou a vasculhar os itens que possuía.
Cristais, gemas, um pouco de GP e CASH, alguns equipamentos, cerca de três leques, e algumas poções
.
“Acho que estou pronta.” – disse a menina meio receosa

No fundo Lin não tinha certeza se deveria fazer aquilo. Claro, se ela passasse por Aron e seus anões, ela poderia chegar em “Calnat”. Mas corria o risco de perder sua vida nessa jornada. A menina era tomada por dúvida, aflições, e angústias. A grama verde onde os joelhos da sacerdotisa repousavam, ficavam cada vez mais úmidas, com as lágrimas de desespero que rolavam dos olhos de Lin até encontrar o chão.

“N-não.... não posso.... n-não posso desistir...” – Lin balbuciava as palavras em meio a soluços e desespero-“Não!”
A garota que antes estava ajoelhada, agora estava de pé novamente.

“Não vou desistir. Depois do que ouve em Gaon... o mal não vai desistir enquanto reinar. Preciso encontrar Calnat, e assim obter o que quero.”
Lin olhou para frente pegou sua mochila, e começou a andar na direção da capital. Os pés descalços da menina pisavam na grama, que aos poucos desapareciam e davam lugar para um chão de terra. Terra manchada com sangue de pessoas inocentes, que morreram numa trágica guerra. Os cabelos da menina voavam para trás com uma leve brisa que refrescava a calorosa manhã. Aos poucos a iluminação melhorava, e ela já conseguia ver os guardas.
Aquela era hora.

“Ninguém vai se mover diante do meu poder.”