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 Guia básico de escrita de contos.

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AutorMensagem
MadHatter
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Guia básico de escrita de contos. Empty
MensagemAssunto: Guia básico de escrita de contos.   Guia básico de escrita de contos. EmptySáb Mar 03, 2012 9:41 am

Este tutorial não é de autoria minha, mesmo assim espero que gostem.


Guia básico de escrita de contos

Olá, amigos.

Gosto de contar histórias. E também gosto de LER histórias. Acho muito legal quando surgem contos e narrações de aventuras interessantes; isso torna o universo do jogo muito mais rico.

Porém, às vezes, noto que algumas histórias são muito boas, mas não são tão bem escritas. Parte da "mágica" é quebrada quando isso acontece.

Eu tenho uma amiga escritora que me deu preciosas dicas de escrita. Vou passar elas aqui, junto com algumas que colecionei ao longo dos tempos. Espero que ajude a todos nós aqui.

Abraços,
- Rafa

***


NARRAÇÃO
Escolha um estilo de narração ANTES de começar a escrever, e mantenha ele até o final.

Primeira pessoa - eu
Fui até a vila dos orcs. Notei as criaturas em volta da noviça.

Terceira pessoa no passado
Fulano foi até a vila dos orcs. Notou as criaturas em volta da noviça.

Terceira pessoa no presente
Fulano vai até a vila dos orcs. Nota as criaturas em volta da noviça.

Reparem na utilização dos verbos. É muito comum ver os tempos verbais misturados, como "Fulano foi até a vila dos orcs. Nota as criatuas em volta da noviça".

Eu, particularmente, acho o modo de terceira pessoa no passado mais elegante. Uma história, um conto, geralmente narra algo que aconteceu, não que está acontecendo. Mas o autor é quem escolhe seu estilo.


FALAS DE PERSONAGENS
Muita gente acha prático escrever falas assim:

Fulano: olá, tudo bem?
Sicrano: tudo bem, e você?
Fulano: maravilha!

Isso é feio. Parece sala de batepapo! Só faltou o:

Fulano: entra na sala...

Regra básica: na narração, o foco sempre viaja entre os personagens citados. Olhem o exemplo a seguir.

"Leafar e Marion estavam quietos, na penumbra da pirâmide. A Sacerdotisa estava apreensiva com a situação.

- Querido, acho que ouvi algo!"

A frase anterior à fala termina com o foco na Marion ("estava apreensiva"). Se eu tivesse escrito somente "Acho que ouvi algo", a frase seria atribuída a ela normalmente. Porém, usei o "Querido", que é um reforço de que é ela quem está falando para o Leafar; se fosse ele, seria "Querida".

Na mesma frase, sem mudar o foco, também seria possível fazer a frase ser de autoria do Leafar. Notem:

"Leafar e Marion estavam quietos, na penumbra da pirâmide. A Sacerdotisa estava apreensiva com a situação.

- Acho que ouvi algo! - disse Leafar."

O "disse Leafar", com o travessão após a fala, deixa bem claro de quem foi a frase. Só tome muito cuidado com a repetição do "disse fulano, disse fulano, disse fulano".


Se você tiver três personagens ou mais na cena, esse recurso pode ser utilizado também.

"Leafar, Marion e Míriel descansavam sob uma sombra de árvore, perto da entrada da pirâmide. A Bruxa tentava tirar a areia da capa.

- Droga! Tinha limpado minha roupa ontem! - falou, irritada.

- Eu te ajudo a lavar depois! - a Sacerdotisa mostrou-se solidária.

- Quietas, as duas. Acho que ouvi algo!"

A fala após a narração é atribuída normalmente à Míriel. Ela foi a última citada. A segunda fala, com o "a Sacerdotisa...", ajuda qualquer um a deduzir que quem está falando é Marion. Seguindo a lógica, o "Quietas, as duas." É atribuída normalmente ao Leafar.


DESCRIÇÕES
(Vida aos lugares)
Escrever cenas secas tira a graça da leitura. Ir direto ao ponto não deixa a leitura interessante. Não é recomendado enrolar muito. Mas imagine uma cena onde os personagens acabaram de correr de um inimigo, fugiram esbarrando em tudo, capotando, e agora estão tomando fôlego para continuar. Veja as diferenças de cena.

Exemplo sem emoção:
"Os três descansaram após a fuga. Leafar se levantou.

- Muito bem! Vamos."

Exemplo com emoção:
Era incrível que tivessem conseguido sair dali com vida. Leafar apoiou a espada no chão, bufando, sentindo a plenitude do peso de sua armadura metálica. Marion caiu de joelhos, esfolando-os; não tinha dor, pois o alívio de ter saído viva era maior. Míriel queria dizer algo, mas não tinha voz para nada. Seu cabelo, suado, escondia seu rosto cansado, junto com um sorriso de satisfação pela fuga bem sucedida. Leafar, enfim, tomou ar e falou com as duas.

- Muito bem! Vamos!

Jogadores estilo RP (interpretação de personagens) tendem a substituir narrações por frases entre astericos. Algo como:

- Ufa... *limpa o suor*. Essa foi difícil! *senta*

Não façam isso. Em jogo é bacana e funcional escrever assim. Em um conto é muito feio! Não pode ter preguiça para descrever uma ação!


VOCABULÁRIO
Evite ficar repetindo palavras. Não comece frases com as mesmas palavras. Repetição cansa, tira a graça. Varie nas palavras, use sinônimos, faça a pessoa gostar de ler.

Exemplo ruim:
"Era uma luta difícil. O guerreiro parecia cansado, mas lutava com toda força, para vencer aquela luta tão difícil. O inimigo era poderoso, e o guerreiro, mesmo cansado, usava todas as suas forças. Seria difícil, mas ele venceria."

Exemplo quase ruim:
"Era uma luta difícil. O guerreiro parecia cansado, mas lutava com toda força. O inimigo era poderoso. "Essa luta está difícil", pensou ele, olhando como seu inimigo era forte."

Exemplo menos ruim:
"Era uma luta difícil. O guerreiro parecia cansado, mas lutava com toda força. O inimigo era forte e bem preparado. "Essa luta está complicada", pensou ele, olhando como seu adversário era poderoso."


CONTEÚDO
O básico do básico do básico: a história deve ter um por quê. Deve ter um sentido. A pessoa, ao chegar no final da leitura, tem que se sentir satisfeita de ter lido ela. Deve pensar coisas do tipo "Nossa! Aquele cara do começo que passou pedindo esmola era o avatar de Odin e ajudou os caras no final! Putz, que legal!".

Então, duas coisas para lembrar:

Estrutura
Comece, desenvolve e termine a história/conto. Faça um rascunho mental do que irá contar. Trabalhe o Argumento da sua história.

Hmm... vou contar a história de um mercenário que quer se vingar de um cavaleiro que o matou na arena de PvP (Começo). Ok, vou fazer a busca dele até o Cavaleiro (Meio). E no final, ele não vai conseguir lutar com o Cavaleiro porque, na verdade, ele está morto e não notou que agora vaga como espírito (Fim).

O argumento é assim mesmo, bem simples. Não pode ser maior que cinco linhas. Se você precisa de mais de 5 linhas para contar o argumento da sua história, então é bom rever os conceitos dela, pois pode estar bem complicada.

Surpreenda
Já se pegou vendo aqueles filmes ou desenhos onde você SABE qual a próxima fala do personagem? Já foi ao cinema, virou para a namorada depois de dez minutos de filme e falou quem era o assassino (e, claro, acertou!)?

Pois é. Isso acontece em histórias ruins, sem graça. Então pense sempre em elementos que causem surpresa no final. Não vale enganar o leitor. Você precisa dar dicas para que ele, depois de ler o final, caso releia a história, veja que não foi enganado. Ele tem que dizer "Poxa, é verdade. Olha aqui, nessa cena. Ele deu a pista. Não percebi".

Não precisa ser uma pista DIRETA. Do tipo:

" - Ei, - falou o aprendiz, em meio aos dois espadachins que discutiam - eu vou ali comprar Fanta Uva e já venho. Estou levando esse rifle para tiros de precisão a longa distância e munição para matar duas pessoas, mas só vou deixar ele ali com o tio da padaria".

E três cenas depois, os dois espadachins estão mortos, você joga suspeitas sobre quem os matou sobre todos os personagens, menos o aprendiz, que não aparece mais na história inteira, a não ser no final, abraçado com o rifle, dizendo coisas como "eles falavam muito alto", ou "foi o meu amigo invisível quem me mandou fazer isso". Aí não tem graça.


DICAS BÁSICAS DE PORTUGUÊS

Proparoxítonas têm acento.
- ou seja, palavras cuja sílaba tônica esteja "na frente": Sábado, rígido, fígado.


Crase no a. Quando?
Só se usa crase antes do feminino.
"Fui à Igreja de Prontera" - igreja = feminino
"Entreguei a ela" - não tem crase antes de "ela, elas"

Como faço para saber quando usar crase?
Básico. Substitua o feminino por algo masculino. No exemplo da Igreja:
"Fui ao Templo dos Mercenários" - templo dos mercenários = masculino

Se na troca de gênero você utilizar um "ao", que é utilizado para o masculino, então usará um "à" no feminino.

"Fui ao banheiro"
"Fui à pia"


Plural com acento circunflexo
"Ele tem uma boa técnica" - "tem" sem acento, está no singular (falando do "ele")
"Eles têm mais dinheiro que nós" - "têm" com acento, está no plural (falando do "eles")

"Nadav vem nos encontrar?" - singular: Nadav
"Nadav e Leon vêm nos encontrar?" - plural: Nadav e Leon

Vocativo pede vírgula
Vejam:

- Consegui Leafar! Eles foram expulsos!

- Consegui, Leafar! Eles foram expulsos!

Na primeira frase, parece que a pessoa conseguiu um "Leafar", como se fosse um objeto, e expulsou as pessoas. A segunda frase sim mostra que a pessoa está comemorando. O mesmo vale para cumprimentos e coisas triviais.

"Olá, Leafar", ao invés de "Olá Leafar".
"Venha aqui, Marion!" ao invés de "Venha aqui Marion"


REVISE!!!!!!!!!

Terminou de escrever? Está feliz? Prontinho para clicar no POSTAR e ver seu tópico?

Releia uma vez procurando erros de português.
Releia uma segunda vez verificando o sentido do que escreveu.
Se possível, peça para uma outra pessoa ler e procurar erros de português e digitação (que SEMPRE deixamos passar).
Releia uma última vez. De preferência, apenas no dia seguinte.
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