Há muito tempo, havia um reino que florescia com o desenvolvimento de tecnologias e estudos mágicos. Os humanos, que nunca chamaram a atenção dos habitantes de outras dimensões, começaram a se tornar gradativamente mais poderosos e passaram a ser vistos como uma ameaça.
Algumas tribos demoníacas eram favoráveis ao extermínio dos humanos, e outras, mais pacifistas, se opunham a esta ideia. Os conflitos deram origem a uma violenta guerra, onde magia, tecnologia e forças das trevas cruzavam o campo de batalha.
Os Calnatianos levavam desvantagem na batalha, pois seus rituais mágicos eram difíceis de utilizar em combate. Até que o maior tecnomago do reino criou as pistolas mágicas, o artefato que permitia a conversão eficiente de força mágica em munição infinita.
Além da atuação das equipes de Duelistas, Calnat ainda contou com a ajuda de uma poderosa arma e da intervenção divina, e assim pôde virar a mesa e sair vitoriosa das Guerras Mágicas. O reino saiu vitorioso, e as comemorações eram ouvidas por toda parte. Havia, porém, um entre eles que possuía seus próprios planos para o futuro...
Durante as comemorações pela vitória, o Primeiro Ministro de Calnat conseguiu acesso à Bíblia da Revelação, um grimório poderosíssimo que continha o segredo para a manipulação da essência dos deuses. Tomado pela ambição, decidiu usar os conhecimentos secretos do livro para tornar ele mesmo um deus.
Com os rituais da Biblia da Revelação, o Ministro reuniu o Martelo de Ernas, a arma mágica mais poderosa deste mundo, e a Pedra das Almas, o artefato que contém a energia dos deuses. Com esta energia, pretendia levar a cabo seus planos para se tornar uma divindade.
Porém, havia um segredo que ele desconhecia. Algo que, na verdade, envolvia Mari e sua família, e que colocaram todos os seus planos a perder...
Há muitos séculos atrás, na região de Arquimídia, aconteceu a lendária Guerra Mágica. Tudo começou quando as tribos demoníacas vindas da dimensão de Elyos invadiu a região de Calnat, no mundo de Ernas.
O exército dos demônios era liderado por Heitaros Cratsus, que não tolerava a ideia da existência de outras criaturas fora da sua dimensão. Para ele, qualquer outra criatura representava uma ameaça a Elyos, e por isso todas as outras dimensões deveriam ser destruídas. Após acabar com algumas dimensões, o exército demoníaco finalmente chegou a Ernas.
O Portal que foi aberto entre as dimensões surgiu ao leste do Reino de Calnat, que era na época o reino mais avançado de Ernas, tanto em magia quanto em tecnologia. Calnat era o lar da Civilização Celeste, uma civilização de humanos abençoados pelas Três Deusas criadoras de Ernas, e que eram aliados dos dois reinos vizinhos, dos elfos e dos anões. E foi justo para a capital de Calnat que o exército das tribos demoníacas marchou.
Ao descobrir sobre a invasão, o clã do Desfiladeiro Flamejante, que não estava participando da batalha, mandou o jovem Dio para Ernas, como um enviado especial para descobrir os planos de Heitaros. Ele não deveria participar da batalha, mas teria que descobrir tudo o que se passava no mundo dos mortais.
Enquanto isso, Rei de Calnat invocou a ajuda das Três Deusas da criação e estas lideraram as forças de Calnat contra o exército demoníaco, numa selvagem e terrível batalha nas Planícies de Artione. O número de vítimas aumentava a cada instante, até que o Martelo de Ernas finalmente ficou pronto. Esta era a arma definitiva criada por Calnat, mas infelizmente ela também era muito instável, e por isso só foi possível ativá-la uma única vez durante a batalha.
Ainda assim, uma vez foi suficiente. O poder do Martelo de Ernas foi tão grande que eliminou toda a infantaria do exército demoníaco. O próprio Heitaros sofreu graves ferimentos e acabou fugindo de volta para Elyos através do Portal. Sem um líder, o resto do exército se espalhou pelo continente.
Acontece que para controlar o Martelo de Ernas, foi preciso que as Três Deusas concentrassem grande quantidade de seu poder, já bastante enfraquecido pelo uso na batalha. Assim, a última coisa que fizeram antes de abandonar Ernas para recuperarem suas energias em sua própria dimensão celestial foi selar o Portal que ligava Ernas e Elyos. Os demônios que ficaram para trás em Ernas começaram a corromper outras criaturas, dando origem a vários monstros e colocando um fim definitivo à era de paz na qual Ernas se encontrava antes da Guerra Mágica. (A propósito, com o Portal entre as dimensões selado, Dio acabou preso em Ernas, sem ter como retornar à sua própria dimensão).
a Guerra Mágica havia chegado ao fim com a vitória de Calnat, depois do Martelo de Ernas ter sido ativado e dizimado grande parte do exército demoníaco. As Três Deusas Criadoras, que protegiam a Civilização Celeste de Calnat, selaram os portais entre as dimensões e deixaram Ernas. Os demônios sobreviventes se espalharam, e acabaram criando vários monstros.
Foi nesta época turbulenta que nasceu a descendente de Hadunak Mu Onette, Mari Ming Onette, a herdeira do trono de Calnat!
Ainda jovem, Mari se mostrou um verdadeiro prodígio, tanto no campo arcano quanto no tecnológico, e acima de tudo Mari adorava estudar e aprender sobre os mistérios de Ernas e Arquimídia. A garota era tão entretida em seus estudos, que não chegou a perceber outra figura que também passava muito tempo na biblioteca de Calnat: o Primeiro Ministro do reino, Bardinard. Sem que ninguém soubesse, Bardinard havia encontrado a lendária Bíblia da Revelação, o tomo sagrado que continha todos os segredos do mundo, inclusive todas as informações sobre os deuses, as tribos demoníacas e o Deus Criador. Ambicioso, Bardinard acabou enlouquecendo e traçou um plano para se transformar no novo deus Criador, e assim obter controle absoluto tanto sobre os poderes do mal quanto os do bem.
Ele passou a estudar os demônios que haviam ficado presos em Ernas e coletou as Essências Demoníacas, a fonte do poder das trevas. Para ter a fonte do poder do bem, resolveu usar a energia das deusas que ainda estava no Martelo de Ernas. Seguindo as instruções da Bíblia, ele usou essa energia para criar a Pedra das Almas, o cristal que continha o poder divino. Seu plano era unir o Martelo com a Pedra e as Essências Demoníacas, e assim obter a arma suprema para se transformar no novo Criador. E foi assim que ocorreu a tragédia.
Bardinard tentou usar a Pedra das Almas para energizar o Martelo de Ernas. Seu plano era eliminar todos que poderiam se tornar obstáculos em seu caminho, então ele usaria a arma para destruir os guerreiros campeões dos deuses que haviam participado da Guerra, na época conhecidos como Imortais. Porém, os únicos Calnatianos que podiam controlar as energias da Pedra eram os membros da família real, capazes de suportar a “geas” que lhes seria imposta pelos deuses. Devido à corrupção de Bardinard, o Martelo de Ernas, que já era instável, saiu totalmente de controle.
O Primeiro Ministro perdeu o controle da arma, e esta liberou todo o seu poder incontrolável através de uma explosão gigantesca, que à medida que se espalhava, consumia todo o reino de Calnat. Do seu palácio, a família real só podia assistir impotente enquanto a devastadora onda de energia destruía seu reino e se aproximava cada vez mais.
Faltando segundos para o fim, o misterioso Duel surgiu e arrastou Mari até uma cápsula de evacuação, criada na época da guerra para o caso das tribos demoníacas atacarem o castelo. Infelizmente, ela tinha espaço apenas para uma pessoa. Tudo aconteceu tão rápido que Mari mal teve tempo de se despedir de sua família, que naquele momento só podia esperar que pelo menos a jovem escapasse com vida.
A cápsula foi ejetada enquanto o próprio Duel desaparecia de forma semelhante como havia aparecido. Por motivos que ninguém conhecia, ele vigiava a garota fazia tempo, e não podia permitir que ela morresse naquele momento. Mari viu a onda de energia destruidora consumir o castelo e todo o resto da família real. Mas infelizmente, a cápsula não foi rápida o suficiente, e acabou pega pela onda de choque. O choque da explosão danificou os controles da cápsula, que ativou seu modo de hibernação, fazendo com que Mari caísse num sono profundo.
A explosão foi tão grande que acabou atingindo também os reinos dos anões e dos elfos, e ambos os reis destas raças acabaram morrendo. Cada nação acabou então culpando a outra pelo incidente e assim se iniciou uma guerra sem fim entre os dois povos. Enquanto isso, a capsula de fuga, sem controle, desapareceu. Duel perdeu o rastro da garota, sem saber que a cápsula caiu e se perdeu na região de Ellia. Mari passou anos presa no estado de hibernação, sem envelhecer nenhum dia graças à tecnologia da cápsula. Mas os danos no aparelho foram maiores do que pareciam, e quando ele finalmente se abriu, Mari despertou num local estranho, sem nenhuma memória sobre seu passado.
Só mais uma pessoa escapou da destruição de Calnat, justamente aquele quem a tinha causado: o Primeiro-Ministro Bardinard! Escondendo sua identidade sob o nome de Astaroth, ele conseguiu entrar em Xênia, a terra dos deuses, onde iniciou seus planos para a criação de uma nova Pedra das Almas, ainda mais poderosa que a anterior, em sua busca para se tornar o deus supremo!
Sem a Bíblia da Revelação, que se perdeu, ele precisou usar outro poder para isso, e assim, ele corrompeu o deus da Sintonia,Thanatos, e fez com que ele buscasse se tornar o Deus Governante, pensando em depois usurpar seu lugar. Mal sabia ele que a Grand Chase surgiria para atrapalhar seus planos e que quem terminaria com a Pedra seria a própria Mari, que assim conseguiu poderes praticamente divinos, transformando-se na La Geas!
Contudo, Astaroth continua foragido com as essências dos deuses de Xênia, que por algum motivo, Duel coletou para ele. Assim, existe o risco dele criar uma nova Pedra das Almas e repetir a tragédia de Calnat.
Na Missão Expresso de Hades 301, Astaroth já está com a Pedra das Almas construída, e, para testar seu poder, mata Harpe e tentar eliminar a Grand Chase, porém, é impedido por Caxias Grandiel.
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