“A sensação de estar sendo possuída é horrível. Não queira nem saber como é.”
Uma fumaça preta começou a entrar pela minha pele, por onde ela passava começava a chamejar. É uma sensação horrível. Eu sabia que não poderia deter aquilo, era mais forte do que qualquer outra coisa que eu já tenha enfrentado era uma coisa... Antiga. Logo meus guerreiros sentiriam que eu estava em perigo, eu não podia deixa-los enfrentar isso! É demais até pra mim. Eu só tinha uma coisa que poderia fazer... Cortar os laços de sangue... Isso livraria meus guerreiros de minhas vontades, sentimentos e eles não sentiriam mais vontade de me proteger. Eles perderiam a memória de quem sou eu. Mas ficariam livres daquela coisa que me possuía... Eu os livrei do mau... Eu os livrei de mim.

Em uma ilha mágica chamada Eryuell, elfos viviam em paz com a natureza. Um belo dia o rei e a rainha de Eryuell deram uma grande festa para comemorar o nascimento de sua filha e todos estavam felizes com o nascimento da pequena elfa. Os reis decidiram colocar o nome da pequena elfa de cabelos loiros, olhos enigmáticos e sorriso sereno de Anelise.

Anelise completará dez anos. Cresceu quase como qualquer outra elfa normal, ela ia para a escola e tinha muitos amigos, mas sendo uma princesa ela tinha várias tarefas no castelo. A tarefa que ela mais gostava era aprender a lutar, ela adorava mais ainda aprender a lutar com arco e flecha.

- Frederick, o que vamos aprender hoje? Tomara que não seja mira novamente! Já estou cansada! A minha mira já é muito boa e você sabe disso.
- Anelise, eu sei que a sua mira é ótima, mas isso não nos impede de treina-la mais um pouco para ficar excelente. Mas assim... Que tal treinarmos hoje a sua visão?
- Frederick, eu já enxergo. O que você esta querendo dizer com isso? O_O
- RS. Eu sei que você enxerga Anelise, o que eu estou falando é para aumentarmos a sua capacidade de visão. Por exemplo, você por acaso esta vendo aquela maçã no galho daquela árvore ali?
- COMOASSIM? Frederick, aquela árvore esta muito longe, não vejo nem seus galhos direito! Como você consegue ver uma maçã ali?
- Visão aguçada.
- Maldição! ÇwÇ não vale! Você já é um guardião Frederick. Não vale!
- Você sabe muito bem que isso é habilidade de arqueiro.
- Mas nem isso eu sou ainda!
- Por isso estamos treinando. ^^
- Oka. Você quer que eu acerte aquela maçã?
- Exatamente.

Anelise passou uma hora tentando acertar a maçã que nem ela conseguia enxergar direito.

- Concentre-se Anelise. Concentre-se apenas na maçã, no seu alvo. Esqueça tudo a sua volta. Pense somente em acertar seu alvo.

Ela abaixou o arco e respirou fundo, levantou o arco e começou a se concentrar apenas na maçã quando de repente aparece um dos empregados do castelo e anuncia:

- Princesa Anelise, um jovem que se diz chamado Darkious esta aqui para vê-la.

Anelise largou o arco e flecha e foi correndo para a entrada do castelo, seu instrutor gritou quando ela já estava meio longe:

- Princesa! Você vai voltar para a aula dessa vez, certo? Não fuja como da outra vez!

Ela parou, virou e falou:

- Frederick! Quantas vezes têm que repetir para você que me chame pelo meu nome e não de princesa. Já conversamos sobre isso.
- Como quiser.

Anelise voltou a correr e ao chegar à entrada do castelo encontrou um menino um pouco mais alto que ela de cabelos escuros e que aparentava ter uns onze anos. Ele estava parado na entrada olhando para o teto quando ela chamou o seu nome e deu um forte abraço nele:

- Darkious!
- Ana! – Falou ele meio sem jeito – como você esta hoje? Vamos explorar as montanhas?
- Ah! Claro *-* você sabe como eu adoro explorar... Mas eu tenho mais um tempo para treinar arco e flecha... Você poderia esperar um pouco?
- Mas é claro.
- Então venha comigo.

Anelise e Darkious são amigos desde pequenos e sempre saiam em busca de aventuras.

Chegou o aniversário de quinze anos de Anelise e seus pais fizeram uma grande festa. Todos do reino de Eryuell passaram no castelo para dar os parabéns e trazer algumas lembrancinhas, Anelise não ligava para presentes, ela só estava esperando Darkious chegar para eles saírem por ai.

-Ana! – chamou ele – Vem, por aqui.

Anelise saiu de fininho para fora do castelo em direção às montanhas. Ao chegar lá e ver Darkious escalando a parte mais perigosa da montanha e falou:

- Darkious, desça dai imediatamente! Você está ficando louco?
- Relaxa Ana! Não vou cair daqui.
Ao falar isso Darkious perdeu o equilíbrio e caiu, uma altura de 15 metros o matou na hora.
- NÃOOOOO! – gritou Anelise – DARK! DARK! ACORDE!

Desesperada Anelise não conseguiu se mexer então ela se lembrou de algo que seu instrutor havia falado:

“Anelise, o seu sangue tem o poder de destruição, mas também tem o poder da salvação. Se estiver pronta, seu sangue criará guerreiros para lhe servir. Eles te salvarão. Eles serão seus. Todo o que eles vão querer é o seu bem pequena Ane. Você poderá conseguir um guerreiro se ele lhe jurar lealdade, ou se você der seu sangue quando eles morrerem...”.

Anelise pegou uma faca que estava no cinto de Darkious e fez um corte em sua mão, colocou o sangue em sua boca e fez Darkious beber. Por um instante nada aconteceu, mas de repente Darkious abriu os olhos e começou a se remexer. Anelise não sabia o que fazer e, do mesmo jeito que começou de repente Darkious parou olhou para Anelise e falou:

- Ana, por que está triste?

“Queridos pais,
Eu sinto muito mesmo que eu tenha que abandonar vocês, mas vocês sabiam que esse dia chegaria. O dia em que eu trilharia o meu próprio caminho. Sairei viajando eu e o Darkious em busca de novos guerreiros para mim. Eu voltarei ao meu reino para governar quando vocês não puderem mais, eu prometo. Não esquecerei a minha origem.
Beijos,
Princesa Anelise.”
Essa carta foi encontrada em cima da cama da Princesa Anelise no castelo de Eryuell. Todos ficaram tristes com a partida, mas estavam preparados. Como ela mesma havia escrito na carta todos sabiam que esse dia chegaria. E assim começa a maior aventura da nossa Rainha Élfica. Anelise Eryuell. Mas conhecida hoje apenas por Ana Ouma Potter.

- O sinto me chamando! – disse ela. – Ele precisa de mim agora!
- Acalme-se Ana, - disse Darkious – concentre-se, onde ele está?
- Oka. Darkious segure minhas armas e arranje um lugar para passar a noite. Preciso fazer isso sozinha.
- Como quiser.

Anelise fecha os olhos, respira fundo e se concentra na sua intuição. Na coisa que a chama. Ela pode sentir, ele precisa dela AGORA! Então como se ele estivesse puxando ela, Anelise saiu correndo em disparada pela floresta. De repente ela parou em frente a uma casa não muito diferente das casas que compunham aquela pequena aldeia. E então ela ouviu a voz dele. Ela não conseguiu identificar o que ele tinha falado, mas assim que ele falou saiu da casa batendo a porta logo atrás dele. Ao dar de cara com Anelise parada olhando para ele, primeiro ele ficou parado sem saber o que falar, ele nunca tinha visto uma elfa antes, mas já ouvirá falar deles. Quando finalmente se lembrou de falar ele disse:

- Ahn... Olá, posso ajudar?
- Me desculpe, eu não moro por aqui. Estou procurando um lugar para passar a noite, você poderia me ajudar?
- Ah... Claro... Por aqui.

Ele a levou até sua casa e lhe ofereceu o quarto de hóspedes. Você deve estar pensando “esse cara é louco? Esta colocando dentro de sua casa uma estranha”, mas estranhamente ele sentia que queria cuidar daquela garota. Ele queria estar perto dela o máximo possível.
No dia seguinte ele acordou e sentiu um cheiro de café da manhã, o que era estranho, pois, ele morava sozinho. Quando ele chegou à cozinha, se deparou com aquela elfa estranha da noite passada terminando de colocar a mesa do café:

- Ah! Olá. Desculpe-me, é que eu acordei cedo e resolvi preparar alguma coisa para comermos. Você se importa?
- Não... Nem um pouco – confessou ele – mas não deveria ter se dado ao trabalho.
- Não me importo – disse ela com um sorriso no rosto – espero que esteja ao seu gosto.

Ele provou a comida e realmente estava deliciosa. Então ele se lembrou de perguntar.

- Qual o seu nome? De onde vem? E o mais importante, por que esta aqui?
- Meu nome é... Ana pode me chamar de Ana. Não importa de onde eu venho. Você me chamou até aqui Hikky.

Ele quase engasgou com a comida:

- Como sabe o meu nome?
- Apenas sei.
- Eu não te chamei aqui, nem te conheço!
- Eu também não sei como isso funciona Hikky. Só senti que você precisava de mim.
- O que fez comigo? Por que sinto como se quisesse te proteger?
- Você esta destinado a mim. Não fiz nada. Vim aqui apenas te fazer uma proposta, nada mais. Você pode recusar e eu irei embora.
- O que você quer?
- Quero você. Quero que seja meu guerreiro.

Hikky estava prestes a abrir a boca para falar alguma coisa quando de repente viu um monstro vindo em direção a sua casa:

- Abaixe-se! – disse ele enquanto pulava em cima dela para protegê-la – corra!
- Não! Hikky, esse monstro é muito forte vai te matar!
- Não se preocupe comigo. Fuja!
- Hikky, me aceita. Seja meu! Você poderá me proteger.

Hikky hesitou. Ele não a conhecia, mas de alguma forma se viu respondendo “eu te aceito como minha rainha”. O que aconteceu depois? Anelise o beijou. Não era realmente um beijo, ela estava o fazendo beber algum liquido doce, mas Hikky não teve tempo de reagir ele já havia ingerido aquilo e de repente sentiu seus ossos chamejarem e o que aconteceu depois foi tudo tão rápido. Ele simplesmente viu o monstro queimar.

- O que eu fiz? O que era aquilo que você me deu?
- Você me salvou. Você tomou meu sangue.

- Me explica de novo o que eu sou. – disse Hikky
- Você é meu guardião, por isso consegui te sentir. – respondeu Ana.
- Eu não sabia que não era o único. – disse Hikky ao ver Darkious.
- Eu não sou guardião dela sou um guerreiro e nem fui destinado como você. Eu sou um acidente – disse Darkious meio triste.
- Acidente? Como por acidente você virou guerreiro dela? – perguntou Hikky curioso.
- Eu morri e ela me trouxe de volta.
- Você pode fazer isso? – perguntou Hikky se virando para Anelise
- Posso. – disse ela seguindo para o próximo local que te estava ‘chamando’.

Algum tempo depois...

- Uma igreja? Esta falando sério? – falou Darkious – não acho que seja aqui que tal...
- Não! É aqui, tenho certeza. – afirmou Anelise – ele esta lá dentro.
- Acha que seja outro guardião? – perguntou Darkious com um leve tom de tristeza na voz.
- Não, mas também não é um guerreiro. – respondeu ela.
- Mas então o que é?
- É o que vamos saber agora.

Quando Anelise entrou na igreja sentiu uma energia boa no ar, ela adorou isso era como se... A luz estivesse brincando com ela, ela girou uma, duas, três vezes e parou bem em frente a um rapaz. Ele emanava uma energia tão boa quanto à do lugar, mas um pouco menos fraca afinal ele era um humano, mas era ele que ela havia vindo ver:

- Olá Osíris Borgia. – disse ela tão calma como se o conhecesse há tempos.
- Olá jovem, qual seu nome? – respondeu Osíris.
- Meu nome é Anelise, eu vim te ver.
- E o que veio pedir ao nosso bondoso Deus, jovem elfa?
- Não vim falar com seu Deus, vim falar com você.
- Pois não, em que posso ajudar?
- O que quer que seja essa sensação, eu sinto que preciso que você seja meu.
- Eu sou de Deus.
- Você é... Você é... – disse Anelise pensando em como botar em palavras o que aquele rapaz despertará nela – você é minha benção. Você é aquele que está destinado a me salvar de uma coisa... Antiga? Sim isso! Antiga. Mas eu preciso de você, por favor!
- Como você chegou até aqui?
- Você me chamou.
- Preciso refletir. Volte aqui amanhã e terei a sua resposta.
- Sim, Osíris Borgia.

No dia seguinte Anelise, Darkious e Hikky voltaram à igreja. Anelise não resistiu e de novo começou a rodar com aquela energia magnifica:

- Anelise – chamou Osíris.

Ela parou imediatamente voltando a ficar séria:

- Pois não, qual a resposta?
- Eu passei horas refletindo, pensei bem e eu aceito sim. Adorarei te ajudar.

Anelise cortou sua mão e já estava prestes a colocar o sangue na boca quando parou e falou:

- Você iria preferir de outro jeito, não?

Osíris apenas acenou com a cabeça. Darkious pegou um cálice para Anelise e ela colocou o corte para que o sangue caísse no cálice enquanto dizia:

- sabe no meu reino o beijo é símbolo de amor e união. Ela faz o laço de sangue ser mais forte, pelo menos foi o que meu instrutor me disse.
- Entendo – disse Osíris pegando o cálice – mas vou fazer dessa maneira.

Acho que o Osíris hesitou antes de realmente beber o sangue. Após ele beber eu senti dentro de mim uma luz acolhedora:

- Obrigado – Agradecei.
- Que os deuses te protejam na sua jornada – respondeu.

E assim Ana partiu. Agora estava mais feliz, mas não sabia porque só tinha certeza que tinha alguma coisa haver com a sua benção que deveria mostrar seu valor em breve.

Sabe quando você sente que esta faltando alguma coisa?

Quando acordei naquela manhã não estava muito bem. Eu estava com uma febre de mais ou menos uns 40 graus, uma dor de cabeça insuportável, mas nenhum novo ‘chamado’. Eu esta prestes a voltar a dormir para não incomodar os meninos quando eles aparecem:

- Ana! Temos que chegar ao próximo vilarejo rápido! Você esta ardendo em febre! – disse Hikky
- Eu não estou com febre – menti
- Não pode esconder essas coisas de nós Ana. Nós podemos sentir isso – repreendeu Darkious
- Certo, eu tinha me esquecido disso.

“Logo depois verificaram se eu estava forte o suficiente para andar sozinha, Hikky me colocou em suas costas e começou a andar, achei que Darkious parecia que ia protestar então eu olhei pra ele e tentei dar o melhor sorriso que consegui, tenho certeza de que não me sai muito bem, deve ter saído um sorriso fraco, mas foi o suficiente para que eu pudesse ver a alegria no rosto dele.”
Eles tiveram sorte, pois estavam perto de uma pequena cidade. Depois de perguntarem aos moradores onde ficava o hospital mais próximo, Hikky e Darkious levaram a Ana para lá. Quando estavam prestes a passar pela porta do hospital, um jovem passou por eles e viu Anelise e os dois se entreolharam. Foi como se o mundo tivesse parado, a visão de Ane clareou um pouco e ela conseguiu ver o rosto dele. “ele era um pouco mais alto e parecia ter uns dois anos a mais que eu”. Ela estava ficando tonta:

- Paulo...

E desmaiou.

“quando acordei eu estava sozinha no quarto do hospital, quando pensei nisso logo Darkious abriu a porta e veio perto de mim”.

- Bem vinda de volta.
- Onde est...
- Hikky esta lá fora. – respondeu Darkious rapidamente.
- Não. – falou Ana. – estou falando daquele garoto.
- Que garoto? Você sentiu um novo guerreiro?
- Não, só queria ver aquele garoto que encontramos na entrada do hospital – admitiu Ana.
- Se você não sentiu ele te chamar, não é importante.
- Eu quero vê-lo! – Ana começou a levantar da cama – eu preciso vê-lo! – falou ela e quando colocou os pés no chão para ficar de pé quase caiu. Sorte que o Darkious estava do lado dela.
- Não se esforce – disse ele colocando ela de volta na cama.
- Mas eu quero vê-lo agora! – disse Ana com um olhar que ela sempre usava quando queria alguma coisa e Darkious não dava pra ela – por favor.
- Ana... – disse Darkious meio confuso – se ele não é um guerreiro nem outra coisa, o que você vai falar com ele?
- Não sei – respondeu ela sinceramente – mas quero vê-lo – Ana começou a ficar fraca de novo – por favor... – e desmaiou de novo.

“Desmaiar é um saco, ainda mais duas vezes no mesmo dia. Quando acordei novamente quem estava do meu lado era o Hikky”.

- Hikky, onde esta o Darkious – perguntou ela.
- Disse que ia procurar o garoto que encontramos na entrada do hospital – respondeu.
- Ah... – disse ela um pouco tonta – como você esta?
- Não era pra eu fazer essa pergunta? Rs. Estou bem sim, agora descanse.
- Eu estou bem – disse ela tentando ficar de pé e imediatamente voltando a deitar – só... Um pouco de dor de cabeça.
- Não é isso que estou sentindo – provocou Hikky – apenas descanse e coma um pouco.

Depois de Ana comer alguma coisa, tomar um banho e colocar uma roupa que Hikky havia comprado para ela, voltou a se sentar na cama do hospital:

- Achei que se sentiria melhor com roupas normais ao invés dessas roupas de hospital – disse Hikky oferecendo a ela um copo de água – a mulher da loja achou que você iria gostar.
- Achou certo, rs. – disse Ana pegando o copo de água – a mulher tem um bom gosto – disse ela olhando para suas novas roupas – obrigado.
- De nada, minha rainha.

Nesse momento Darkious entra no quarto e logo em seguida o garoto que eles haviam encontrado na entrada do hospital:

- Aqui esta ele, foi difícil encontra-lo – falou Darkious.
- Obrigado, deixe-nos a sós – respondeu Ana.

Assim que os dois saíram do quarto ela começou a falar:

- Olá.
- O que você é? – disse ele.
- Sou uma elfa. – respondeu.
- Não, isso eu estou vendo ASKPAOSKAOPS eu já vi elfos antes, mas você é diferente. Você tem um brilho diferente nos olhos...
- Não mesmo hihihi, eu sou como qualquer outro elfo, eu não tenho nada de diferente fisicamente. Agora, você é quem é diferente aqui. Como faz isso? – perguntou ela.
- Isso o que? – falou ele com duvida.
- É como se... Eu não enxergasse nada a sua volta, meu coração acelera e eu quero estar ao seu lado a todo o momento – admitiu.
- Você também sente isso? Eu sinto o mesmo – admitiu.
- Como? – perguntaram os dois ao mesmo tempo.
- KSOAPSKASOPSKA não sei – admitiu ele – mas eu gosto.
- Eu também, obrigado por vir até aqui me ver Hpgeek.
- Eu não poderia não ter vindo, Anelise.
- Sabe meu nome?
- Você sabe o meu.
- Faz sentido.

E assim os dois conversaram por horas até pegarem no sono, Ana dormiu na cama e o HP dormiu em outra cama para visitas.
Na manhã seguinte, Ana já estava bem melhor e os médicos deram alta pra ela:

- HP...? – chamou ela.
- Estou aqui – respondeu ele – bom dia
- Bom dia – disse ela com um sorriso enorme no rosto – vamos embora daqui?
- vamos.

Os dois passaram o dia juntos se conhecendo melhor, era como se eles se conhecessem há muito tempo, gostavam de praticamente as mesmas coisas. “o universo não deve gostar de mim, quando acho que esta tudo ótimo acontece algum desastre”. Um monstro apareceu do nada na cidade e começou a destruir as casas, Ana, Darkious e Hikky se prepararam para lutar:

- Ana você acabou de sair do hospital, quer mesmo voltar pra lá? – perguntou HP
- Mas...
- Nada disso! Fique aqui. – disse ele enquanto corria para atacar o monstro e de repente vejo uma luz azul acertar em cheio no monstro.
- MASOQ? – exclamou Ana.
- Ele matou o monstro só com um golpe? – exclamou Darkious.
- Gostei desse cara desde que o vi – afirmou Hikky.
“cara, eu olhei pro Hikky e comecei a rir, mas não importa AHUEHAEUHEUHEAU”.

Um tempo depois Ana estava começando a sentir um novo guerreiro, já era hora de ir embora, mas ela não queria sair do lado dele, mas também não podia pedir para que ele fosse junto arriscar a vida dele pelo mundo atrás de guerreiros para ela:

- Ana, você está bem? – perguntou HP.
- Estou bem... Mas tenho que ir agora. Não posso continuar aqui, tenho que ir a busca de novos guerreiros.
- Me deixe ir com você...
- Não posso... Tenho que ir... – disse Ana se virando para ir embora
- Não! – disse HP e agarrou o braço de Ana e puxou ela para perto de si e disse para que só os dois pudessem ouvir – eu te amo.
Então ele a beijou.

“Aquele sim, eu posso considerar o pior dia da minha vida. Era umas três horas da madrugada quando eu senti a minha perna chamejar. Quando eu abri os olhos e olhei para minha perna vi aquela fumaça preta entrando na minha pele, quase gritei de dor. Onde aquilo me tocava era como se lâminas cortassem a minha pele. Quando percebi que aquilo queria me controlar eu tentei lutar, mas aquilo era mais forte do que qualquer outra coisa que eu já tenha enfrentado era uma coisa... Antiga. Logo meus guerreiros sentiriam que eu estava em perigo, eu não podia deixa-los enfrentar isso! É demais até pra mim. Eu só tinha uma coisa que poderia fazer... Cortar os laços de sangue... Assim eles não se lembrariam de mim, eu sei, mas pelo menos os salvaria da coisa que estava prestes a me possuir. Eu sei que doeu neles tanto quanto doeu em mim no momento em que cortei os laços, era como se arrancassem uma parte de mim, mas não era exatamente isso o que e estava fazendo? Eu sabia que doía, mas não imaginava que seria uma dor tão grande assim! Eu tive que usar todas as minhas forças para não desmaiar de dor mas também não consegui segurar o grito dessa vez, não tem como descrever tal dor, acho que mesmo se você imaginar que cortaram seus dois braços e suas duas pernas ainda vai ser pouca dor. Recordo do meu instrutor me dizendo ‘você poderá cortar os laços de sangue mas não deseje fazer isso, um guerreiro seu não pode sair do seu lado nem ficar longe por muito tempo se não o laço de sangue será quebrado do mesmo jeito, porque se ele te aceitar como rainha, ele está dando a vida dele a você!’ agora eu entendi o que ele quis dizer com ‘não deseje fazer isso’. De repente o HP aparece na porta e vê aquela cena... Como eu desejei que ele não visse aquilo! Com meus últimos esforços eu falei ‘procure por Osíris Borgia, somente ele poderá me salvar da escuridão’. Acho que o HP ia me abraçar ou coisa parecida então eu gritei algo parecido com ‘não chegue perto, vá agora! ’. Senti-me mal por dizer aquilo, mas eu não podia deixar que ele também fosse afetado por aquela coisa. Tudo o que eu lembro é do HP falando ‘eu te amo, vou te salvar’. E então tudo ficou escuro”.

- Finalmente consegui um corpo de uma garota pura outra vez – disse Gaganás enquanto levantava da cama para de espreguiçar – já não aguentava mais ter que ficar naquela forma de fumaça, eca.

Enquanto Gaganás se alongava olhou a sua volta para ver onde estava:

- Anelise Eryuell, uau! Eu estou no corpo de uma futura Rainha, que honra rsrsrs – disse verificando a memória de Anelise para saber mais sobre o corpo – 14 anos? Jovem, mas é bem forte e resistente. Ah espere... Ela fala para todos que já tem 15 rsrsrs. Ela tem o poder de criar soldados com o próprio sangue? Magnifico! Foi isso que me chamou a atenção, foi esse poder que me atraiu para ela.

De repente Gaganás, após verificar algumas memórias de Anelise, ouviu alguém não muito longe dizer:

- Idiotas! Eu não aguento mais esses idiotas! Se eu fosse mais forte eu daria uma lição a eles, só porque sabem magias mais fortes que as minhas ficam me humilhando.
- Realmente isso é uma crueldade – disse Gaganás com a voz da Ana.
- De onde você saiu garota? – disse o jovem.
- Eu estava aqui perto e ouvi você sem querer, me desculpe não deveria ficar escutando escondida – disse ela enquanto saia da sombra da árvore – meu nome é Anelise.
- Ah... Olá... – disse ele enquanto observava o corpo de Anelise, ela era realmente linda, era loira de olhos claros e tinha o charme élfico – eu me chamo Alan.
- Olá Alan. Vejo que está em busca de mais poder, eu posso te dar isso – disse Gaganás olhando diretamente nos olhos de Alan e fazendo-o ter uma visão do quanto poderia ficar poderoso se ele se unisse a ela – você só tem que tomar meu sangue – disse com um olhar provocativo.

Após terminar de ver o que Gaganás havia lhe mostrado Alan falou:

- Isso é verdade? Posso ter todo aquele poder?
- Mas é claro! – disse Gaganás jogando as mãos para o alto – você poderá ter muito poder se você se unir a mim, você será o comandante dos meus soldados! – disse ela enquanto caia na gargalhada – então? Vós aceitas a minha proposta?

NÃO ALAN! NÃÃÃÃÃO! – pensou Anelise bem no fundo da mente de seu corpo.

Gaganás ficou chocada, como aquela garota ainda resistia? Era pra ela estar morta ou a beira da morte assim que Gaganás assumiu aquele corpo, mas mesmo assim já era tarde demais. Já dava pra ver o mau nos olhos de Alan, pobre garoto ele já estava do lado do mau e então Gaganás deu o sangue de Anelise para ele beber.

"Olá estranho, me chamam de Gaganás. Você não precisa saber de onde eu venho muito menos a minha idade. Tudo o que você precisa saber é que eu posso te oferecer poder, muito poder, mais do que sua pobre mente humana pode imaginar! MWAHAHAHAHAHHAHA.
Você poderá ter tudo o que sempre quis e muito mais! Tudo o que eu quero de você é sua lealdade, você se tornará parte do meu exército e quem sabe não podemos... Divertir-nos? Rsrsrs
Estarei esperando por você a qualquer momento, basta apenas dizer de maneira clara 'eu ofereço a minha lealdade a você Lady Gaganás' que eu aparecerei ai, não importa onde esteja, e você será meu soldado das trevas!

Gaganás e seu soldado Alan estavam em busca de novos soldados das trevas. Eles pararam em uma cidade em Vermécia para passarem a noite. Depois de alugarem um quarto em um hotel eles subiram para o quarto para se acomodarem. Gaganás, após sentar em sua cama, se sentiu tonta e fraca, a sua hospedeira, Anelise, lhe dava muito trabalho tentando expulsar Gaganás de seu corpo. Gaganás tinha que usar todas as suas forças para se mantiver no corpo.

- Alan querido, estou com fome e você parece delicioso rsrsrs – ela disse enquanto se levantava e ia à direção de Alan - posso tomar seu sangue? - perguntou ela com um olhar malicioso.
- Claro minha Lady - respondeu Alan enquanto pegava uma adaga para cortar sua mão.
- Não! Assim não - disse ela enquanto gentilmente tirava a adaga da mão dele e colocava em cima da mesa.

Alan a olhou atônito, então ela chegou mais perto dele, mais perto, mais perto e então mordeu o pescoço dele. Ele sentiu uma pontada de dor, parte dele estava ajudando a sua rainha e isso o agradava, mas bem no fundo ele sentia que não era Gaganás quem ele queria agradar. A dor logo foi substituída pelo prazer e então ele a pegou em seus braços e a levou para a cama, ele não iria resistir aos poderes de sua rainha, mas então de repente tudo ficou escuro e ele desmaiou.

- Alan, você é delicioso, mas é um verme humano e eu sou a Lady do Caos, não me rebaixarei tanto a esse ponto com você - disse ela enquanto o empurrava da cama para o chão e se ajeitava para dormir - talvez se você merecer... Quem sabe? - e então ela dormiu.

Na manhã seguinte Gaganás se levantou e depois de um bom banho se vestiu e foi para a sacada de seu quarto e ao olhar viu um jovem de cabelos azuis que lhe chamou muita atenção, ele era um humano comum e ela não sabia o que a estava chamando a atenção e recorreu às memórias de Anelise, mas dessa vez Ana já sabia como se proteger e criou uma barreira mental e isso irritou Gaganás.

Maldita pensou Gaganás
Você pode estar com o meu corpo por enquanto, mas não te darei controle absoluto! Respondeu Ana mentalmente.
Abusada! Ainda consegue se comunicar comigo? Como ousa se dirigir a mim dessa maneira? Você deveria estar morta! Ela estava ficando furiosa
Blábláblá não tem força suficiente para me controlar, não deixarei que espalhe o caos por ai! Respondeu Ana
- É só uma questão de tempo até o Caos reinar novamente - disse ela
Você tinha alguns guerreiros antes de eu possuir seu corpo, não é verdade? O que fez com eles? Perguntou Gaganás voltando a falar mentalmente
Não é da sua conta! Disse Ana enquanto se retirava para sua proteção mental, onde ela podia pensar sem que Gaganás pudesse saber o que ela estava fazendo.

Anelise então ficou pensando em sua ultima noite, aquela em que cortara os laços, quando parava pra pensar ela podia sentir a dor novamente, mas não conseguia parar de pensar onde poderia estar seus guerreiros e se eles estavam bem.

*Noites atrás*

DARK FALANDO

Eu estava de vigia no lado oeste e pensava na minha infância com Anelise, nós éramos tão felizes e sem preocupações. Todos os dias eu acordava querendo encontra-la, eu queria estar perto dela a todo instante porque ela me fazia sentir bem.

*flash back de Darkious*

Eu estava sentado em frente a minha pequena casa quando ouvi uma garota gritar.

- Ai! - gritou Ana
- Você está bem? - perguntei observando a jovem elfa loira e que aparentava ser um ano mais nova que eu e até... Bonitinha
- Acho que torci o tornozelo - disse ela tentando mexer e pé - Ai!
- Não se mecha - disse tirando a sapatilha dela - NOSSA! Está muito inchado, qual o seu nome?
- Anelise, ai, sou a princesa - respondeu ela.

Fiquei paralisado, eu estava diante da princesa de Eryuell.

- Hum... E o seu seria...? - disse ela meio envergonhada
- D-Darkious, p-princesa - respondi quase esquecendo como se fala.
- Não me chame de princesa, por favor, ai – ela disse tentando se levantar.
- Não se mecha Ana - falei pegando ela em meus braços - eu vou leva-la de volta para o castelo
- Ana? - disse ela de repente
- Ah! Desculpe-me pr...
- Eu gostei - ela me interrompeu

Acho que eu estava vermelho igual a um tomate, mas a levei de volta para o castelo.

*fim do flash back do Darkious*

- Quando a conheci foi o melhor dia da minha vida - eu disse enquanto olhava as estrelas.

De repente uma dor dilacerante me acertou do nada, foi como se alguém estivesse pisando em cima do meu coração enquanto ele me desmembrava e então eu ouvi uma voz familiar.

"Darkious, meu guerreiro, meu melhor amigo, aquele quem eu salvei a vida, eu corto nosso laço de sangue agora... desculpe-me Dark!"

E então a dor parou tão de repente e eu olhei em volta

- Onde estou? O que estou fazendo aqui?

Então eu voltei para Eryuell com uma estranha sensação de que algo estava errado.

Por que sinto que estou esquecendo alguma coisa? Pensei.

Ao chegar a Eryuell, eu estava apenas andando em frente e só percebi que estava no castelo quando ouvi a voz do rei.

- Darkious, onde está Anelise? Aconteceu alguma coisa? - perguntou ele.
- Me desculpe alteza, mas ela não está aqui? Vim visita-la - falei.
- Como assim 'ela não esta aqui?’! Anelise partiu com você em busca de guerreiros! - respondeu ele
- Me desculpe alteza, mas eu não me lembro de nada desde ontem no aniversário dela - admiti.

O rei me olhou atônito e disse:

- Darkious o aniversário dela foi há um mês - ele disse.

Isso me acertou como um soco no estômago. O aniversário dela foi ontem, eu tenho certeza! Lembro-me de sairmos do castelo e ela gritou comigo para descer da montanha... Despois disso eu não consigo me lembrar de o que aconteceu...
Minha mente voltou ao castelo quando a Rainha disse:

- Querido... Eu não consigo sentir Anelise, alguma coisa aconteceu com ela e ela cortou o laço de sangue com Darkious, não consigo sentir a presença dela no sangue dele - disse a Rainha.

Eu estava muito confuso.

- O que aconteceu com a Ana?!
- Não sabemos - os dois disseram ao mesmo tempo.

Então eu corri, não sei para onde, mas eu sai correndo dali. Eu não podia suportar perder a minha amada...

HIKKY FALANDO

Vigiar é um saco, mas como é para a Ana então tudo bem. Eu fiquei com o lado leste, beleza.

*flash back do Hikky*

- Precisa de mais alguma coisa antes de eu ir dormir? - perguntei.
- Não, estou muito bem acomodada aqui, obrigado Hikky - respondeu Anelise.
- Ok, então se não se importa...
- Espere! - chamou ela.
- Pois não... - falei meio sem graça.

Onde eu estava com a cabeça de trazer uma estranha para casa? Devo estar ficando louco...

- Pode vir até aqui? - disse ela se sentando na cama e indicando para que eu sentasse ao seu lado.

Felizmente eu ainda guardava algumas roupas da minha mãe em casa. Infelizmente ela ficava muito bonita naquela camisola. Quando eu me sentei do lado dela (não muito perto) ela chegou mais perto e colocou a mão dela sobre a minha e disse:

- Sinto muito que seu pai tenha abandonado você e sua mãe quando você era pequeno. Sinto muito que ela tenha morrido há três anos, mas nada do que aconteceu foi sua culpa! Pare de se culpar 'eu não quero que você sofra por minha causa' - disse ela.

Juro que essa ultima parte eu ouvi a voz da minha mãe...

- Como você...

Ela me interrompeu com um abraço.

- Eu posso te livrar desse sentimento de culpa, mas para isso você teria que me aceitar como sua rainha - ela disse.
- Minha Rainha...?

Ela olhou em meus olhos e disse:

- Durma bem Kye - disse ela e me deu um beijo na testa - vá.

Certo... Acho que fui expulso do quarto... Mas ela me chamou do jeito que só a minha mãe me chamava... Como ela sabia?

*fim do flash back do Hikky*

- Sempre me surpreendendo...

De repente fui atingido por uma dor horrível, acho que foi como se tirassem a alma do meu corpo, porque aquilo foi horrível! Então eu ouvi:

"Hikky, meu guardião, meu destinado, aquele que sempre me protegerá, eu corto nosso laço de sangue agora... desculpe Kye, não posso mais te livrar da culpa por enquanto, prometo que vou atrás de você novamente!"

- Mãe? - disse.

Esta certo, aquela é uma coisa estupida de se dizer enquanto está se acordando, mas eu sempre falo isso depois de acordar em casa e...

- EPA! Onde eu estou? - falei olhando em volta

Depois de verificar onde eu estava na aldeia mais próxima, fui direto para casa. Ao chegar não tinha nada de diferente, exceto o grande buraco na minha cozinha.

- MASOQ? O que aconteceu aqui? - eu disse.

Levou dias, mas eu coloquei a casa em ordem. Fui para a loja comprar alguma coisa para comer.

- Ah! Ora ora quem eu vejo aqui! Hikky há quanto tempo - disse o vendedor.
- Hein? Esta ficando com amnésia Walter? Eu estive aqui ontem - falei.
- Não jovem você não vem até aqui faz quase um mês, da ultima vez em que te vi você saiu daqui com uma jovem elfa - respondeu Walter.
- Walter, eu nunca vi uma elfa na minha vida - admiti - e se eu tivesse saído daqui com uma eu me lembraria.
- Bom, então acho que quem está com amnésia é você, não eu. Hehe - disse Walter enquanto limpava a bancada.

Eu não falei, mas estava sentindo falta de uma pessoa além da minha mãe...

OSÍRIS FALANDO

Eu estava na igreja tentando achar uma explicação para o que tinha acontecido com comigo.

*flash back do Osíris*
- Certo, só pode ter sido um sonho... - eu disse sentando na cama.

Mas eu não conseguia tirar aquelas imagens da cabeça... Tudo pareceu tão real. No sonho ela dizia:

- Osi, por favor, me ajuda... Ela está voltando! A Lady do Caos está retornando e só você pode me salvar! - disse Anelise
- Vai confiar nesse ai? Rsrsrs - disse uma voz.
- Osi, seja a minha benção! - disse Anelise.
- Eu não sei como! - admiti.
- Osi me escuta: se ela me possuir serei forçada a cortar os laços de sangue, isso faria você esquecer quem eu sou, mas ficaria com uma sensação de que está faltando alguma coisa. Faça tudo o que você puder para impedi-la! - ela disse.
- Eu... Eu...
- Osi, só você pode nos salvar!

E então eu acordei.

- Lady do Caos... Não pode ser - disse para mim mesmo.

*fim do flash back do Osíris*

Eu estava voltando para casa depois de um dia na igreja. Após eu chegar a casa, eu estava me preparando para dormir quando de repente uma dor me atingiu no coração e eu ouviu uma voz familiar sussurrando:

"Osíris Borgia, minha benção, meu protetor divino, aquele que está destinado a me salvar disso, eu...”.

E então a voz sumiu mesmo em um sussurro ele pode perceber a dor e as lágrimas na voz da garota. Ana? Sim esse era o nome dela, mas não me lembro de nenhuma Ana.
Estranhamente eu me sentia ligada a uma jovem chamada Ana de quem eu nem me lembro de quem é, devo estar ficando louco, mas eu preciso ver ela. Agora.

- Bom dia senhor Osíris - disse uma Cardeal.
- Deus lhe abençoe Ray, como vai? - perguntei.
- Vou muito bem e o senhor? - ela perguntou.
- Não seio - admiti - tive um sonho estranho com tal de Anelise que não me lembro de quem é...
- Esse não é o nome daquele elfa que esteve aqui umas duas semanas atrás? - ela disse.
- Uma... Elfa? - eu disse meio atônito.
- Sim, vocês estavam sérios, mas depois você bebeu o sangue dela e ela foi embora. Eu achei estranho, mas você não queria falar do assunto - ela disse.
- Eu tomei SANGUE? Eca! - exclamei.
- Bem... No dia pareceu que você tinha gostado - disse ela reprimindo um sorriso.

Nesse instante Osíris começou a ter lembranças vagas de uma elfa loira e...

- AH MEU DEUS! A princesa! Preciso ajudá-la, ela voltou! Só pode ser isso - eu falei enquanto saia da igreja.
- Ahn... Osíris, aonde você vai? Quem vai tomar conta da igreja? - Ray perguntou.
- Eu vou cuidar de um assunto importante... Kuran toma conta - disse e sai correndo.

O sonho... Não podia ser real, podia?

ANELISE FALANDO

*atualmente*

Bem na hora que eu estava cortando os laços com o Osíris Borgia eu desmaiei, simplesmente não consegui, ainda tinha uma pequena ligação com ele. O que aquilo significava?

No próximo capitulo de Anelise:

- Vim aqui em nome de Anelise Eryuell.

- Não farei isso.
- Ousa me desafiar?

- Poder?
- Seja meu soldado!
COLORS NÃÃÃÃO!

OSÍRIS FALANDO

Certo, sair correndo da igreja e não ter a menor ideia de onde ir é burrice. Então eu me concentrei em achar Anelise, ela estava muito fraca:

ANELISE SE ESTIVER ME OUVINDO RESPONDA.
OSÍRIS? COMO VOCÊ?... NÃO! PARE COM ISSO ANTES QUE ELA SINTA SUA PRESENÇA! COMO VOCÊ RECUPEROU NOSSO LAÇO? A voz dela na minha mente estava meio fraca, mesmo ela estando gritando.
Não sei admiti Mas eu preciso te ajudar!
Osi... É isso! Pesou ela.
Isso o que? Pensei meio atônito.
'Aquele eu está destinado a me salvar de uma coisa antiga' é isso! Você pode tirar Gaganás de meu corpo! Pensou ela um pouco esperançosa.
Então é verdade, ela voltou eu pensei.
Sim, Osi escuta: Hpgeek está indo ai para e ajudar, eu... De repente a voz dela na minha cabeça ficou mais fraca.
ANA! ANAAA! Pensei.

Mas já era tarde, eu perdi contato com ela. Não percebi para onde eu estava indo até me esbarrar em um jovem de cabelo azul.

- Me desculpe - dissemos os dois juntos.
- Me chamo Osíris Borgia - me apresentei.
- Osíris Borgia? - ele perguntou.
- Sim.
- Vim aqui em nome de Anelise Eryuell - ele me disse.
- Você é Hpgeek? - perguntei.
- Sim - ele respondeu.
- Vamos, precisamos descobrir um jeito de salvar Anelise.

E assim eu e Hpgeek fomos à busca de respostas.

GAGANÁS FALANDO

Eu já estava ficando cansada do Alan.

- Mate-o - eu disse apontando para um verme humano que tinha esbarrado em meu caminho.
- Por quê? O que ele fez? Ele só se esbarrou em você sem querer e...
- MATE-O AGORA! - gritei
- Não farei isso. - Alan disse.
- Ousa me desafiar? - perguntei já com raiva - certo eu o mato.

Simplesmente o decapitei.

- Se me desafiar novamente, você terá o mesmo destino que ele! - disse enquanto dava meia volta - não me siga verme inútil.
- Como quiser.

Eu preciso de um brinquedo novo, o Alan estava ficando... Chato. Não tão longe dali em um beco vi uma daquelas cenas que eu adorava nesse mundo podre: um bando de valentões batendo em um jovem indefeso.

- Da próxima vez não fique no nosso caminho seu idiota! - disse um dos valentões.

Depois que eles foram embora eu também já estava saindo achando que aquele verme estava morto, mas de repente ele se mexeu.

- Aqueles idiotas... Se eu fosse mais forte... - disse ele.
- Eu poderia te ajudar - falei.
- Quem é você? Sai daqui garota - disse ele tentando se levantar.
- Colors Colors... Teimoso como sempre - falei não sabendo como eu sabia o nome daquele verme.
- Como você sabe meu nome? - perguntou ele.
- Não importa eu posso te dar poder e você poderia se vingar desses idiotas! - falei enquanto mostrava para ele o quanto ele poderia fazer se viesse para o meu lado.
- Poder? - disse ele voltando a me olhar.
- Seja meu soldado! - disse.

COLORS NÃÃÃÃO! Pensou Anelise na minha mente Você está destinado a ser meu guerreiro, não soldado dela!
CALE ESSA SUA MALDITA BOCA MENTAL! Eu pensei.

- E então Colors? - perguntei impaciente.
- Eu... Eu aceito - disse ele.

Então é claro que eu dei o sangue para ele, mas dessa vez aconteceu alguma coisa diferente. Ele me servia, mas não me servia. Como isso é possível?

ELE É MEU! Pensou Anelise.
NÃO É POSSIVEL! VOCÊ DEVIA ESTAR MORTA! Gritei mentalmente.
Não vou deixar que você continue com isso! Além do mais o Colors estava destinado a ser meu guerreiro! Pensou ela.
SUA MISÉRAVEL! Pensei.
Não vou deixar o Colors ser seu! Ele é meu! MEU! Ela pensou então sua presença desapareceu.

Eu estava diante de uma coisa inexplicável. O que eu criei?

HPGEEK FALANDO

Finalmente eu achei Osíris Borgia, eu ainda podia ajudar a minha amada a se livrar daquela coisa! Então Osíris me surpreendeu:

- Somente uma pessoa com um amor puro pela Rainha será capaz de salva-la no final - disse ele meio que em transe.
- O que? - perguntei - como sabe disso?
- Não sei - disse ele - só sei que geralmente nessas ocasiões salvar significa sacrifício.
- Sacrifício... - respondi.

Mas aquelas palavras ficaram na minha cabeça 'uma pessoa com um amor puro pela Rainha será capaz de salva-la no final'. Será que... Será que eu poderia salvar a minha amada?

DARKIOUS FALANDO

Eu corri para onde a Rainha de Eryuell havia falado que sentiu nossa presença primeiro, uma pequena cidade não muito longe dali, mas que levava uns dois dias de caminhada. Dois dias depois eu estava em frente de um mercado.

- Ah Olá senhor, será que você viu essa elfa por aqui? - perguntei ao dono do mercado enquanto mostrava a ele uma foto de Anelise.
- Ah... Sim! Ela esteve aqui a mais ou menos um mês atrás – respondeu ele.
- Um mês?!
- Sim, ela saiu daqui com o meu ajudante o Hikky, mas ele não se lembra dela, como não se lembrar de uma elfa? Tcs
- E onde está esse tal de Hikky? – perguntei.
- Esta lá atrás, vou chama-lo pra você – disse o vendedor.

Quando um cara de cabelos castanhos e uns três anos mais velho que eu, fui logo falando:

- Você é o Hikky? – perguntei.
- Sim, quem é você? – ele perguntou.
- Me chamo Darkious e vim aqui para procurar Anelise – disse.
- Não conheço nenhuma Anelise, desculpe - disse ele enquanto se virava para voltar para os fundos da loja.
- Tem certeza de que não viu nenhuma elfa desse jeito? – perguntei mostrando a foto de Anelise que tinha trago.
- Eu já disse que... – ele chegou mais perto – Rainha...
- Como disse? Não essa foto ai é da princesa...
Eu ia terminar a frase mais ele saiu correndo da loja, não sei para onde ele foi porque eu não tentei segui-lo, mas aquilo foi realmente estranho.

HIKKY FALANDO

Aquele cara da loja, qual era o nome dele mesmo?... Ah sim, Darwin... Não WAIT. Darkious... Isso! Darkious. Não sei quem é ele, mas aquela foto... Eu conheço aquela elfa, não sei como porque eu nunca vi uma elfa na minha vida.

- Olhe por onde anda jovem – disse um menino mais novo que eu, o que eu não achei certo ele e chamar de jovem.
- Me desculpe garoto – respondi.
- Ah não garoto não! Chama-me de Sir Valentine – disse ele se apresentando.
- Sir? Não está muito novo não garoto? – falei.
- Não importa. Estou procurando a princesa, eu vim seguindo aquele amigo dela de cabelos roxos – ele disse.
- Pelo amor do jumento do seu Walter, todos estão procurando essa garota?!
-Jeito mais interessante de se falar, depois quero conhecer esse jumento, eu mesmo tenho uma ovelha macho...
- Interessante, tenho que ir! – disse saindo correndo dali.
- É cada um que me aparece... Cada... Aparece...

WAIT foi nesse momento que eu me lembrei vagamente de levar uma elfa pra minha casa... MASOQ?!

No próximo capitulo de Anelise:

- O que está acontecendo comigo?

- Osíris Borgia! Finalmente veio a meu encontro!

- Sir Valentine o que está fazendo aqui?

- Por você Anelise... Eu te amo.

HIKKY FALANDO.

— O que está acontecendo comigo? – falei pra mim mesmo – Ana, uma elfa. Eu a trouxe para cá e ela dormiu aqui. Agora eu me lembro de tudo. DROGA! – e eu sai correndo, para onde eu não sei.

SIR VALENTINE FALANDO.

— Você por aqui? Sabe que eu poderia acabar com você agora – disse Gaganás.
— Não, não poderia. Você está muito fraca e sabe disso, além do mais eu só vim te dar um aviso rápido. Vai se arrepender de ter entrado no corpo da herdeira de Eryuell sua bruxa! – falei para ela.
— Estou forte o suficiente para acabar com aquele Borgia! – gritou ela.
— Não permitirei – disse enquanto saia.
— Mesmo que isso mate a vida daquele jovem? – provocou Gaganás.

Eu ia responder alguma coisa, mas eu sabia que era isso que ela queria, esse era o jogo dela e eu não vou perder.

OSÍRIS FALANDO.

Não tive uma noite de sono muito boa. Eu sonhei com Gaganás dizendo “você sabe que irá morrer Osíris Borgia, é o seu destino! rsrsrs”. Meu destino... Minha maldição. A maldição da minha família.
Há séculos atrás meu ancestral sentiu a presença de uma energia maligna muito poderosa nascer. Pobre criança, ela não tinha culpa alguma. Um grupo de bruxos malignos usou uma recém-nascida em um ritual de invocação e acabaram prendendo Gaganás no corpo do bebê. A jovem Melanie cresceu normalmente, mas foi no seu aniversário de quatorze anos que aconteceu: Gaganás tomou o controle do corpo dela e começou a sua busca por soldados para espalhar o caos por todo o mundo. Meu ancestral não podia deixar que Gaganás espalhasse o caos por toda parte e foi então que ele com a ajuda de seu melhor amigo, Darius, fizeram um circulo em volta da jovem. De repente um garoto chamado Logan se pôs de costas para Melanie encarando Darius e Ancients gritando “o que estão fazendo com a minha amada?”. Gaganás aproveitou e avançou no pescoço do garoto e drenou todo o seu sangue recuperando suas energias e correndo em direção ao Ancients e o atacou mordendo seu pescoço o pegando desprevenido, mas com seu ultimo suspiro, Ancients, com a ajuda de seu amigo Darius, aprisionaram Gaganás na forma de fumaça e a enfraqueceram mandando ela para uma dimensão obscura. Até agora...

— Então vou ter que morrer para poder salvar Anelise? – disse HP.
— Bem... Quando Gaganás tomou o sangue de Logan ela recuperou suas energias, mas ela ficou totalmente vulnerável. Mas HP nós não queremos morte alguma – respondi.
— Se for para salva-la eu faço – ele disse.
— Não precisa fazer isso, podemos achar outro jeito.
— NÃO – ele me interrompeu – Não aguento mais ficar aqui parado enquanto Anelise esta possuída – ele disse.
— Tudo bem...

DARKIOUS FALANDO.

O que eles não sabiam era que eu estava ouvindo tudo. Aquilo era terrível, Anelise estava possuída!
COMOASSIM? Como isso foi acontecer? Eu não fui forte o suficiente para protegê-la? Sou um inútil! Pensei.
Então fui embora dali.

HPGEEK FALANDO.

Até onde eu iria para salvar Anelise?*
Preparamos tudo para o ritual, finalmente vamos livrar a Ana daquela fumaça repugnante, eu não pude protegê-la naquela noite, mas posso concertar meu erro salvando a vida dela hoje. Então fomos ao encontro de Gaganás.

— Osíris Borgia! Finalmente veio ao meu encontro. Eu já estava com saudade do gostinho o sangue Borgia ele é tão poderoso que me permitiu viver durante aquele ritual ridículo! Rsrsrs. E é tão bom quanto o sangue de um jovem apaixonado! Rsrsrs – provocou Gaganás.
— Devolva a minha Anelise agora! – gritei.
— Então é você quem morre primeiro jovenzinho? Hummm você parece delicioso – ela disse.
— Ninguém vai morrer desta vez – disse Sir Valentine.

Quando eu percebi o corpo de Anelise estava no meio de um círculo mágico.

HIKKY FALANDO.

Eu sai de casa correndo seguindo meus extintos e me deparo com a cena: um papa, um mago, um garoto de cabelos azuis e... ANELISE! Espere... O que eles pensam que vão fazer com ela?

? ? ? ? ? FALANDO.

— Sir Valentine o que está fazendo aqui? – cochichei para mim mesmo.
— Ninguém vai morrer desta vez – disse Sir Valentine.
— Não? – disse Gaganás.

O corpo de Anelise avançou numa velocidade surpreendente para o estado em que estava.

— Por você Anelise... Eu te amo – eu disse para mim mesmo.

E então pulei, consegui fazer o que eu queria: empurrei HP e fiquei onde ele estava. A ultima coisa de que me lembro é de abraçar Anelise pela ultima vez e então tudo ficou escuro.

-NÃO! – gritou a voz de Anelise.
Mas infelizmente já era tarde demais o corpo de Darkious jazia ali no chão morto. Por um momento Anelise conseguiu recuperar o controle do corpo tempo o suficiente para alertar os amigos que estavam tentando salvá-la:
— AGORA! – Gritou Anelise.
— O-o-o que? – disse HP enquanto se levantava do chão tentando decidir se estava feliz por não ter morrido ou se estava confuso pelo grito de Anelise.
— Não é... não é Gaganás quem está no meu corpo, é algo... pior... Não vou aguentar muito mais tempo – disse Anelise enquanto olhava para Osíris, seu olhar parecia atravessa-lo.
E estava mesmo. De repente uma espada de ossos encantada com o poder do fogo atravessou o peito de Anelise.
— Kye... – disse Anelise enquanto uma lágrima dançava em sua maçã do rosto e um sorriso lhe abria os lábios.
Anelise morrera. Todos olharam de repente para trás como se só agora tivessem otado a presença de Hikky naquele local.
— ANAAA! – gritou HP enquanto corria para o lado do corpo já sem vida de Anelise.
— Você...você a matou! – exclamou Osíris.
Estranhamente Hikky ficou quieto, o que não é normal já que ele é o mais hiperativo do grupo logo depois de Anelise, claro.
— Ana, sério, para. Volta. Não tem graça. Vamos abra seus olhos! – disse HP desesperado.
— Hp... – Osíris ia para perto do amigo consolá-lo.
Quando HP se virou seu rosto era uma máscara indecifrável. Podia ser tanto raiva quanto medo que ele sentia, não dava para saber ao certo, ele apenas se levantou e ia em direção ao Hikky quando uma voz sussurrou para ele.
“...Não faça isso Neko...”
Quando ele se virou o corpo de Anelise continuava ali no chão morto, mas a espada tinha sumido de seu peito e seu corpo parecia normal como se ela estivesse apenas dormindo, mas não estava. Olhou de volta para Hikky e a espada estava na mão dele, era estranho como ele segurava com facilidade aquela espada que parecia ser pesada.
— Por que fez isso? – perguntou HP ao Hikky.
Ao invés de responder Hikky foi em direção do corpo de Darkious e o puxou para perto do corpo de Anelise e se sentou ao lado do corpo de Anelise como se estivesse esperando que ela acordasse.
— Fui enviado aqui pelo rei de Eryuell como seu informante, temo que tenha que dar essa noticia horrível a ele... – disse Sir Valentine que tinha ficado quieto o tempo todo.
— Tudo bem...- disse Osíris sem saber ao certo o que fazer.
— Devia ter sido eu – disso HP caindo de joelhos atordoado – devia ter sido eu a morrer por ela...
— Esse era o destino dele – disse uma voz vinda de trás deles.
Todos se viraram e viram uma pessoa encapuzada.
— Quem é você?- perguntou Osíris.
— Me chamo Luminnus, sou... amigo de Anelise. – respondeu.
-—Luminnus Illumini – disse outra voz – como é educado. Você é mais que um amigo.
— E quem seria você? – perguntou HP.
— Eu? A eu sou Aguim – respondeu – outro amigo xD
— Mas são uns palhaços mesmo – disse uma terceira voz – e antes que me perguntem sou Felipe, mas podem me chamar de Lipeh. Nós três somos Protetores da Lady Anelise.
— Protetores? – perguntou HP.
— Sim Protetores. Aquele que protege, tendi? – disse Lipeh.
— Eu sei o que significa, mas se são protetores então por que não a protegeram? Por que a deixaram morrer? – disse HP.
— Porque era o destino dela e ela nos pediu que ficássemos de fora, não entendi muito bem então eu perguntei para ela e ela somente respondeu que queria nos proteger, hilário, pois quem devia proteger alguém aqui somos nós, mas ela disse que era isso ou ela cortava nossos laços também, o que não é possível já que somos protetores e não guardiões ou guerreiros – disse Luminnus – ela morreria tentando então cedemos.
— Quem resiste a essa carinha fofa? – disse Lipeh.
— Não foi muito fácil, ainda mais quando ela encontrou você. Não percebeu que Osíris e Hikky gostam tanto de você? É porque ela te ama. Eles sentem isso, mas não sabem diferenciar os sentimentos dela dos deles, mas talvez não seja pelos sentimentos dela você parece ser um cara legal – disse Aguim.
— Aguim, quanto tempo – disse Osíris.
— Papa Osi /o/ - respondeu Aguim.
— Se conhecem? – perguntou HP.
— Ele é um dos cardeais da igreja, assim como o Hikky também é – disse Osíris finalmente se lembrando de onde conhecia aquele garoto – você está diferente – disse Osíris ao Hikky.
Novamente sem resposta.
— Quando concordei com isso não esperava que a matassem – disse uma quarta voz.
— Yami! O_O – disse Hikky finalmente.
— Nhé... Oioioi to bem, você ta bem? Não importa. Quero uma coxinha – disse Kurayami.
— Kura o/ -disse Osíris.
— Papa Osi /o/ - respondeu Kurayami.
— Anelise morta e todo mundo agindo como se nada tivesse acontecido... – disse HP.
— Anelise não está morta – disse Lipeh.
— PFVR Osi, você não percebeu? – perguntou Kurayami.
— Percebeu o que...? – respondeu Osíris com outra pergunta.
— Se ela tivesse morrido você sentiria uma dor pior do que quando ela cortou os laços – falou Aguim.
Só agora Osíris se deu conta de que nada havia sentido, ele havia pensado nisso dias atrás quando recuperou sua memória.
— Mas aquela espada atravessou o peito dela... – disse Osíris.
— Aquela espada foi feita para proteger Anelise, não é capaz de feri-lá – disse Hikky.
— Como você sabia? – disse Osíris.
— Na verdade foi idéia da própria Anelise – respondeu Hikky.
— Se são protetores dela por que não nos vimos antes? – disse HP.
— Fomos ligados a Anelise quando ela nasceu uma vidente que mora em Eryuell viu esse poder nela e o rei e a rainha quiseram a proteção da filha. Escolheram os três melhores guerreiros de Eryuell que como pode ver somos nós três: Eu, Aguim e Lipeh. Fizemos um juramento sagrado e fomos ligados a ela pelo sangue como vocês também foram – disse Luminnus.
— E eu queria proteger a minha nana-nyan – disse Kurayami.
— COMOASSIM foram ligados a ela quando ela nasceu? Vocês parecem ter apenas dezoito anos – disse HP.
— dãããã o sangue da nana-nyan nos transformou em imortais assim como ela – disse Kurayami.
Nesse momento Anelise começa a abrir seus olhos e eles estavam escarlate de sangue e ela começou a tossir sangue.
— Ana! – todos disseram ao mesmo tempo.
— cof, cof, cof... D-Dark... – disse Anelise tentando se levantar.
— Não se esforce – disse Hikky.
— Estou bem... – disse Anelise.
Os seus olhos estavam voltando ao normal e a cor estava voltando ao seu rosto.
Ana esticou seu braço e segurou a mão de Darkious, se debruçou sobre seu corpo e começou a chorar.
— Dark... Por que fez isso seu grande tolo? Eu não ia deixar que aquilo atacasse ninguém... – disse ela enquanto suas lágrimas caiam de suas bochechas para o rosto de Darkious.
Então uma lágrima caiu no colar de Darkious e ele começou a brilhar.
— Mas... OQUE? – disse Lipeh.
— O colar... Aquele que ele achou na caverna naquele dia em que fomos explorar. Estava frio e estávamos indo embora quando vimos uma luz verde na caverna e fomos ver. Dark achou dois colares idênticos – disse Ana enquanto mostrava o seu próprio colar igualzinho ao do Darkious – são lindos, os símbolos da ilha de Eryuell e ele me contou uma história antiga sobre esses colares que eu esqueci... Mas ele me deu um e colocou o outro e disse que seria o símbolo de nossa amizade – disse Ana com um sorriso nos lábios – depois naquele dia... ahn...fomos para o castelo e eu ganhei dele no tiro ao alvo – disse Ana tentando mudar o assunto.
— O que você ia dizer? – disse HP.
— Nada – disse Ana virando o rosto – mas ele não devia estar morto.
Assim que o brilho parou Darkious começou a abrir seus olhos.
— Isso é impossível! – exclamou Aguim.
— A não ser... – disse Lipeh.
— Não pode ser – disse Kurayami.
— Mas se parecem com os colares da história – terminou Luminnus.
— Os colares mágicos dos irmãos Elohine... – disse Anelise.
— ...que tem o poder de ligar uma vida a outra – terminou Luminnus.
— Então quer dizer que se Anelise não morreu... – disse HP.
— ...ele também não – completou Aguim.
— E como Anelise é imortal, isso faz do Darkious um Protetor e não um guerreiro – disse Lipeh.
— Carinha de sorte – disse Kurayami.
— Mas Anelise não é totalmente imortal... – disse Luminnus.
— Muito menos nós – comentou Aguim.
— Então ele também não é ‘totalmente’ imortal – disse Lipeh.
— Nhé – disse Kurayami.
— COMOASSIM? Vocês primeiro falam que ela é imortal depois falam que ela não é totalmente imortal, estou confuso – disse Osíris.
— Achamos que ela tinha desaparecido – disse Kurayami – quando minhas irmãzinhas nasceram uma delas desapareceu... Achamos que estivesse morta.
— Irmãzinhas? – perguntou HP.
— Temos uma irmã mais nova – disse Kurayami e Ana ao mesmo tempo.