Parte um - O Andarilho - E tudo começou com uma espada rabugenta e exigente...
Em meio a guerra dos Asmodianos, Duel Pon Zec fazia questão de espezinhar, humilhar e acabar com todos aqueles que eram contra o seu modo de liderança e seus planos de destruir os Calnatianos e todos os outros humanos, consequentemente. Mas em meio à pesadas ameaças de morte, sempre tinham aqueles que não concordavam com o "auto proclamado líder" mesmo sabendo que se fossem descobertos, poderiam receber a punição máxima: o banimento ou a morte!
Dentre estes que não concordavam com o "Vingador dos Asmodianos" estava Oz, um inteligente e sagaz grão-mago que mantinha seus projetos na mais pura confidencialidade (Por favor, que os novatos não achem que se trata do "mago de Oz", pois se fosse este o tal, teria dado um pouco mais de coragem ao nosso herói!!!).
Pois bem... Oz era um excelente cientista e tinha como seu objetivo de vida criar coisas que ajudassem seu povo, seja nas guerras, nas lutas ou no cotidiano. Porém, apesar de sua inteligência, ele não foi muito esperto ao escolher alguém para invejar: o temido, violento e vingativo Duel. Todos (ou uma grande maioria) temiam ele pela sua espada demoníaca Eclipse, que levou-o a possuir uma sede de sangue inimaginável. A morte de sua amada Edna nem era mais a razão de suas atrocidades cometidas à todos os que se impunham em contraparte de seu caminho.
Pensando nisso, Oz dedicou o resto de sua vida para criar uma espada capaz de destruir Eclipse, e foi aí que surgiu Grandark. O grão-mago acabou se empenhando demais para essa causa e a espada saiu mais do que perfeita: A fantasma que era a fonte de poder da espada a fez falar, possuir um grande olho de dragão cor de esmeralda e com certeza o maior problema dentre todos: uma personalidade excêntrica, orgulhosa, inconsequente e mal educada. Era tão segura de si, a Grandark, que não permitiu que alguém no fim da vida, velho e cansado, a ostentasse.
A inteligência de Oz superou o orgulho próprio de Grandark e ele, como um excelente cientista, reuniu DNA's dos mais exímios guerreiros em um só. Ele o nomeou como Zero Zephyrum e lhe entregou a espada que, apesar do temperamento difícil, gostou do resultado. O guerreiro se despediu de seu criador e partiu em uma jornada com a espada na missão de aprender várias habilidades e ficar forte o suficiente para deter Duel.
Mas infelizmente, as paredes têm ouvidos e a história do guerreio criado por Oz que detinha uma espada capaz de destruir Eclipse chegou aos ouvidos do Vingador dos Asmodianos, que se encarregou ele mesmo de destruir o laboratório e o Mago para provar que não estava brincando em serviço. Um dia a notícia chegou até Zero e Grandark, que já preparados e com uma incrível Árvore de Talentos elaborada resolveram dar início a uma caçada que duraria anos...
Por onde passavam, Zero arrastava Grandark deixando um rastro fundo para avisar seu inimigo que a caçada já havia começado. Quando as pessoas se deparavam com o herói o susto era grande: uma voz orgulhosa que dizia "Suma da nossa frente, seu fracote!" e outra voz calma e compassiva dizendo "Você viu Duel e Eclipse?"
E assim, durante anos e anos, visitando os mais diversos continentes, Zero mantinha a esperança de encontrar Duel e vingar seu criador...Destruindo Eclipse e derrotando Duel! Um dia, a hora chegou......
Parte dois – O Peregrino - Na trilha do aperfeiçoamento... De novo!
E ele achando que esse dia nunca ia chegar...
Zero procurou Duel de maneria incansável por muitos anos. Era como se ele buscasse um motivo para sua própria existência, Zero desejava superar a força de Duel e derrotá-lo de uma vez por todas em uma luta até a morte.
Quando finalmente se encontraram em Arquimídia, Zero não parecia capaz de enfrentar seu inimigo e Grandark pressentiu que Duel estava muito mais forte do que antes; portando uma espada a mais (a Crescente), seu poder parecia insuperável se comparado ao do Andarilho. Temendo uma possível derrota, e ver-se empunhada para motivos contrários aos de sua vontade, Grandark impediu que Zero desse início à uma luta ou perseguisse Duel.
Infelizmente, mesmo sem que Grandark precisasse lhe dizer, Zero sabia muito bem que apesar de anos e anos treinando para vencer o “Vingador dos Asmodianos”, ele não era nem de longe páreo para Duel. Apesar de ter se sentido inferior ao notar a diferença cavalar entre seus poderes e os de seu rival, Zero ainda sim decidiu que treinaria até o fim para se tornar mais forte que o Asmodiano, contudo, a auto confiança dele era cada vez menor...
Quanto mais ele se esforçava, menos confiava em si mesmo. E quanto maior era seu receio em relação a si mesmo, maior era a influência que Grandark tinha sobre ele. Até que finalmente, a consciência de Zero chega tão perto de se extinguir que Grandark fica extremamente frustrada:
“Treine mais, garoto, deixe de ser molenga! Agindo assim, o Asmodiano vai te derrotar com um só golpe, aí ferrou pra todo mundo!” “De que adianta eu treinar se o Duel também fica cada vez mais forte que eu? A cada vez que nos encontramos, eu estou mais forte que da última, e ele mais forte ainda! De nada adianta toda vez que nos encontramos você me mandar fugir, tamanha a diferença entre nossos poderes... É como um abismo, cada vez a distância aumenta mais...” “Se é como um abismo, use uma ponte para atravessá-lo! Não fique parado na beira que um dia a morte te empurra! Treinar é a ponte, e sua confiança mais a minha ajuda são a matéria-prima dela! Não desista!”A pressão da Grandark fez que uma luz surgisse no fim do escuro túnel da vida de nosso herói, e é assim que ele se torna o Peregrino... Com treinos árduos, ele se tornou fisicamente mais forte, mas psicologicamente o guerreiro é cada vez mais dependente de sua espada. Às vezes, Grandark vai assumindo o comando da dupla, transformando Zero num coadjuvante.
Ao “evoluir”, Zero conseguiu aumentar sua capacidade de defesa e recuperação de HP. Além disso, aperfeiçoou suas técnicas defensivas e ofensivas, utilizando com maestria o poder dos espinhos afiados da Grandark para encontrar e ferir seus inimigos, aprendendo também a usar sua espada como um poderosíssimo escudo que o protege de projéteis lançados numa possível fuga.
Zero sempre foi um rapaz reservado e com imensa dificuldade de se expressar, sua personalidade recatada e tímida acaba sendo sobreposta pelo gênio forte e egocêntrico da Grandark. É como se a espada comandasse o guerreiro que a empunha, e não o contrário. Tanto que os desejos de Zero confundem-se com os de sua espada, como se o objetivo dela tivesse se tornado o dele.
Não se pode dizer muito sobre a personalidade aceptiva de Zero, pois esta chega a ser surpreendente... Qualquer um em seu senso comum não aguentaria 3 minutos de luta com uma espada falante dizendo o que você deveria ou não fazer, como se fosse sua mãe!
A sorte de Ernas é que existe alguém com paciência suficiente para aturar a Grandark e destruir Eclipse e Crescente!
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